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sábado, 19 de janeiro de 2013

Fixação


Ela caminhava como quem buscava algo, constantemente, com toda aquela ansiedade.
Eu observava, aquelas pernas não me deixavam desviar o olhar. Reparava em cada detalhe.
Vestia short e tênis, não parecia ser do tipo que usaria salto e um vestidinho numa noite de intenso calor.
Andava pelo corredor, aquele corpo que talvez fosse rejeitado por agências de modelo, mas que pode deixar qualquer um louco.
Cabelo curto e castanho, combinava com seu rosto, expressão de firmeza mas que confirmava o que foi entregue pelo andar: Buscava algo, pura ansiedade.
Não é correto secar tanto alguém mas não conseguia resistir, entende? Era mais forte do que eu, do que minha própria moral. Ela, que não era boba, já havia notado; as vezes me retribuía olhares, mas a expressão de firmeza não entregava qual a intenção desse olhar, se reprovação ou flerte. Queria acreditar na segunda hipótese. Me condicionei a acreditar nisso.

Noite quente e ela saiu da sala de trabalho, apenas nós dois após o expediente naquele setor. Caminhou pelo corredor e a perdi de vista. "Meu Deus, eu preciso me controlar" pensei comigo..
Respirei fundo, levantei, precisava de café. Entrei na cozinha e lá estava ela, encostada em uma parede bebendo chá, parecia calma agora, aquela ansiedade havia sumido.
Me olhou de cima a baixo, sorriu. Fingíamos que não estávamos olhando um para o outro, sabíamos que estávamos.
Me aproximei após encher um copo com café e tentei criar coragem, queria falar com ela, me aproximar de todas as formas, bobo que sou.
Dei uma golada e antes de terminar a ouvi: "Você parece tenso." Ah, sim, eu estava.
"É o calor." Juro que quis dizer algo melhor, esse jogo de segundas intensões não é pra mim.
Mas apesar de tudo, senti uma aproximação, nos olhávamos com menos temor. Duas frases, apenas isso.

Virou a xícara e foi até a pia lavá-la. Eu a secava com mais intensidade ainda, poderia imaginar seu corpo sem aquela roupa, as marcas que minhas mãos deixariam.
Me aproximei por trás, não sei o que me deu mas estava quase a bolinando  Naquele súbito momento em que o cérebro apaga e o corpo age automaticamente por alguns segundos: "Quero você!" eu disse quase beijando o pescoço.
Não respondeu, virou e me encarou, sorrindo. Aquele sorriso que excita. Ela também queria, nem precisava dizer.
A beijei antes que minha coragem evaporasse, e que beijo, me deixou sem fôlego e a ela também.
Segurou minha mão e me arrastou ao banheiro, estava vazio. 
"Eu só precisava de uma confirmação. Não sou boa em analisar esse tipo de coisa, mas sempre quis você." Que surpresa senti ao ouvir isso, e pensar que eu também não conseguia ter certeza se ela queria ou não, mesmo com os sorrisos e olhares. Talvez a ansiedade na expressão e no olhar fossem a prova.

Estávamos naquele banheiro, vazio, ela encostada a uma parede enquanto beijava os seios já a mostra. Arranquei aquela roupa incômoda, ela acariciava meu cabelo e apertava meus ombros a cada gemido. Minha língua percorria desde o pescoço até os seios, mordiscando. Minhas mãos apertavam a bunda e as coxas. Ela estava molhada, meus dedos sentiram o quanto. 
Comecei a estimular o clitóris, rápido. Queria deixá-la louca.
Me agachei e passei a estimular o clitóris com a língua, enfiando meus dedos com vontade dentro dela, que gemia muito, me deixando mais excitado ainda.

Levantei, ela arrancou minha roupa, agarrou meu pênis e começou a chupá-lo, insaciável. Sentia a língua percorrendo.
Agarrei-a pela nuca e controlei, indo e voltando com rapidez. Soltei, deixei-a conduzir novamente, lambendo. 
Levantou, me beijou e se apoiou na pia. Eu sabia o que ela queria, com aquela bunda empinada... Coloquei a camisinha e enfiei, indo devagar e aumentando o ritmo. Mais e mais rápido.

O espelho de frente pra nós só ajudava, via a expressão dela a cada estocada, ela mordendo o lábio, isso só me deixava mais excitado. Agarrei-a pelos cabelos e puxei, metendo com força. Meu braço em volta da cintura dela, a levantando. Puxava o cabelo e beijava o pescoço, metendo, mais e mais. Ela rebolava, mesmo eu metendo com força ela ia pra trás e mexia como quem quer mais fundo e mais forte ainda.
Continuamos assim até gozarmos, ela gemia e eu sentia a reação do orgasmo em seu corpo.
Ficamos um tempo ainda, abraçados. O bom da madrugada é que ninguém entraria ali tão cedo, nos deixando livres pra curtir aquilo.

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