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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Sem Sexo, Só Carinho

Chovia, era madruga... 
Ela acorda num salto assustada, sempre teve medo de trovões. Ele por outro lado, dormia tranquilo um sono pesado. 
Levanta nas pontas dos pés com receio de acorda-lo, e caminhando lentamente quase que prendendo a respiração, sai do quarto e com cautela fecha a porta, o “click” da porta fechando é realmente alto de madrugada. 

Dirige-se até a cozinha para pegar um copo d’água, e se encaminha para a sala. 

Lá existe uma cadeira com um vista pra rua. A chuva forte do lado de fora a deixava assustada, mas era tarde e de forma alguma ela o acordaria por causa de um medo bobo de tempestade. 

Em um raio inesperado com o barulho do trovão, ela grita e deixa o copo cair e na tentativa de limpar tudo o mais rápido possível acaba por cortar o dedo. 
Ele acorda, não com o estrondo do trovão, mas sim com o grito de sua pequena. O coração dele acelera ao perceber que ela não esta na cama, zona de conforto e segurança. Ali somente os dois, nada poderia encostar na sua amada, nada poderia ferir a sua mulher naquela cama. Ele sempre estaria ali para cuidar dela. 



Levanta em apenas um salto, e em segundos se vê na sala. 
Logo nota ela sentada no chão, com as mãos cobrindo a cabeça, a testa encostada nos joelhos chorando e tremendo de medo. 
Ele se aproxima e nota sangue em suas roupas, seu coração fica gelado, sua respiração falha. 
Por segundos ela pareceu mais frágil do que realmente era, delicada, quase deteriorável ao toque. 
Ele bem próximo agacha na frente dela e diz: 
- Meu amor, o que ouve?
Com lagrimas nos olhos ela responde: 
- Trovões, você sabe... Tenho medo...

Ele lhe afaga os cabelos com os dedos e pede um segundo. 
Vai ate a cozinha e pega um curativo para os dedos da garota. Volta a sala, com toda gentileza limpa os dedos dela. A pega no colo e a leva ao quarto. 

Já deitados ele faz carinho em seu cabelo e tenta de todas as formas distrai-la, dias de chuva são bons para se dormir, 
porém o medo nos olhos dela não permitiria isso. 
Ali ficaram a madrugada inteira, ela deitada em seu peito o abraçando, ora tremia devido um trovão ou outro... Porém em todos ele dizia “calma minha linda, eu estou aqui.” E assim ela se sentia melhor. 

Por fim adormeceu já quase com o nascer do sol, e mesmo vendo que ela dormia agora tranquila, ele não saiu de lá. 
Assim ele teria certeza que sua pequena estava realmente segura, ali... ao lado dele.
Então eu digo, sexo é necessário em um relacionamento, mas cumplicidade, confiança e se sentir seguro também é fundamental. 

De valor a coisas e momentos simples, o sexo vem com a confiança.

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